Se hoje é sábado em qual dia da semana estaremos daqui a 237 dias ?
Se estamos no mês de julho, em qual mês estaremos daqui a 38 meses ?
Perguntas deste tipo são muito pertinentes com o primeiro tema que iremos discutir nesse caderno,
no caso os sistemas de numeração.
A forma de organizar as " coisas " em lotes de 10, lotes de 7, ou ainda, lotes de 12, mostra como o ser
humano procurou agrupar os elementos de um determinado conjunto ao longo história.
Vamos começar a introduzir essa ideia, navegando pelos sistemas de numeração..
O conceito de número, com o qual estamos tão familiarizados evoluiu de modo muito lento, até os
dias de hoje. Mas a relação que o homem primitivo e o moderno guardam com o número é
diferente: para o primeiro, o número era um ente ligado à natureza e seus fatos, para o segundo, o
número é uma conquista do pensamento abstrato. Por sua vez, o processo de contagem surge nos
povos primitivos: a necessidade do registro do número de ovelhas, porcos, cabras etc. que
pertenciam a uma aldeia. O número de dias entre uma estação climática e outra, e assim por diante.
Nos períodos mais primordiais da contagem, fazia-se uso dos dedos das mãos e pés para associar o
número de objetos de uma dada natureza e os objetos em si.
Entretanto, para a contagem de grandes números, esse método era de pouca eficiência, e havia a
necessidade da elaboração de um método melhor para contagem, sistematizando-o de alguma
maneira.
Bases Numéricas e Teorema Fundamental da Numeração
Nesta filosofia, surgiram as primeiras bases numéricas. As bases numéricas consistem de um
conjunto finito de algarismos com os quais podem-se representar qualquer outro número. Qualquer
número é algum tipo de representação nesta base. O sistema atual de base 10 consiste em 10
algarismos, a saber: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. Ele é tão difundido que poucas vezes nos questionamos 3
sobre ele: o número 536 é uma combinação, o 5 representando a quinta centena, o 3 a terceira
dezena e 6 unidades. Mas, este mesmo número é expresso de modo totalmente diferente num outro
sistema de base não decimal.
Tendo sido escolhido o conjunto de símbolos básicos, os sistemas de numeração têm por regra
formar os demais números por algum tipo de repetição dos algarismos básicos e pela soma dos
valores. Assim eram os sistemas egípcio, grego e romano.
Por volta de 3500 aC, os egípcios usavam figuras para representar seus numerais. O sistema que eles
utilizavam consistia em separar os objetos em grupos de 10, mas não tinham um símbolo para o 0
(zero). Os números eram formados pela justaposição desses símbolos, os quais podiam ser escritos
em qualquer ordem: a posição do símbolo não alterava o seu valor.
Esses sistemas de notação apresentavam um grande inconveniente: à medida que números maiores
são necessários, estes exigiam um número excessivo de algarismos para representá-los, e, além
disso, operações numéricas nestas representações eram longe de serem óbvias. Tais dificuldades
foram superadas pelos babilônios, quando então eles atribuíram importância à posição relativa dos
algarismos na representação do número. Os babilônios usavam base 60 (isto é, 60 algarismos) e seus
símbolos eram combinações de cunhas verticais.
Atualmente, quase todos os povos usam o sistema de numeração decimal, e os mesmos algoritmos
básicos da aritmética. Este sistema é o sistema hindu-arábico e foi introduzido pelos indianos e
difundido pelos árabes através da Europa.
Esse sistema usa dez algarismos, e é posicional: cada mudança à esquerda é equivalente a multiplicar
por 10.
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